Impressões sobre a “Oficina de
Leitura”
Maria Cecília Mattoso Ramos
(29/11/2011)
Meio que plagiando D. Rosa de
Toledo César, digo que, nas minhas andanças pela Oficina de Leitura da UNATI –
Unesp, eu ouvi discussões sobre temas relevantes e pertinentes que me obrigaram
a reflexões sérias e... nem sempre agradáveis.
Diante da proposta de trazer para
o grupo alguma coisa escrita sobre cada um dos assuntos analisados, devo
confessar: identifico-me muito mais com o time da recepção de textos do que com
o de produção.
O maravilhoso dom da criatividade
passou longe de mim, não fui agraciada com ele. Face à tarefa sugerida, depois
de pensar bastante, concluí que, depois de tanta gente boa e competente ter
exposto suas ideias brilhantes a respeito dos temas, o que sobraria para eu
falar?
Assim, como não consegui produzir
qualquer contribuição pessoal, restou-me a possibilidade de levantar das
leituras que realizei algo que pudesse ser útil.
Durante as discussões do grupo
surgiram outros temas que, por paralelismo ou afinidade, juntaram-se aos
originais e, como num jogo de “palavra puxa palavra”, ampliaram os primeiros.
Assim, solidão → solidariedade → amigos; coisas boas da vida → amigos,
relacionamentos [família → amor → sentimentos, amor →paixão → sexo → alegria →
medo → fé → morte, velhice, natureza].
A leitura do texto “Da Servidão
Voluntária” suscitou a reflexão sobre facetas que caracterizaram o ser humano
desde suas origens, pois, a meu ver, o que nele predomina é o olhar
historicizante que projeta o leitor à comparação das ideias da época de sua
criação para os dias atuais: tirania, ausência de escrúpulos, corrupção de todo
tipo, bajulação, falta de clareza a respeito da concepção de liberdade.
Houve também temas que, talvez
inconscientemente, foram apenas tangenciados por serem ao mesmo tempo
instigantes e incomodativos, como, por exemplo, medos, velhice, morte,
insegurança, comodismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário