quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Em Cafarnaum

Veríssimo – O Estado de S. Paulo 05/09/2010

1. E aconteceu que chegou a Cafarnaum a notícia de um homem que transformava água em vinho. O estranho homem estivera numa festa de casamento em Canaã, na província da Galileia, e ao ser informado de que acabara o vinho, mandara encher seis talhas de pedra com água, e transformara a água em vinho. E a notícia se espalhara por toda a região, e chegara a Cafarnaum.

2. E aconteceu que um homem "entrou na venda de Guizael, em Cafarnaum, e Guizael achou o homem estranho, e deduziu que aquele era o homem que transformara água , em vinho, em Canaã. E Guizael agradeceu a Deus por ter levado o homem a Cafarnaum, e ofereceu comida ao homem estranho: pão, peixe, coalhada e um copo de água. E Guizael piscou um olho para o homem estranho, e disse: podes transformar esta água no que quiseres, para acompanhar o jantar.

3. E o homem sorriu, e tocou a borda do copo com um dedo, e a água se transformou em vinho. E Guizael foi tomado de grande alegria, e disse: tens um grande poder. E o homem disse: ainda não viste nada, E tocou o pão com um dedo, e o pão se multiplicou, e o balcão da venda de Guizael se cobriu de pães, E O homem tocou o peixe,e os peixes também se multiplicaram. E assim aconteceu com os potes de coalhada. E Guizael exultou.

4. E Guizael propôs um negócio ao homem estranho. Uma parceria na venda. Ele multiplicaria os potes de coalhada, e os pães, e os peixes, e transformaria a água em vinho, e Guizael economizaria, na farinha dos pães e no leite da coalhada, e não dependeria mais dos seus fornecedores de peixes e de vinho. O homem só entraria com o seu dedo milagroso, e em troca teria direito a 20 or cento do faturamento da venda.

5. O homem sorriu e disse que sua missão era outra. Que estava no mundo para multiplicar o número de crentes em Deus, e para transformar não água em vinho mas o coração e a mente das pessoas, e que o único lucro que buscava era a salvação da humanidade. Trinta por cento, disse Guizael. O homem sacudiu a cabeça. Não se interessava pela riqueza, sua glória não seria deste mundo.

6. Fifty-fifty, disse Guizael, ou o equivalente em aramaico. E vendo que o homem hesitava, prosseguiu: aquela sua missão não acabaria bem. Mudar o coração e a mente das pessoas, o que era aquilo? Ele acabaria preso como agitador, talvez até executado. E sua pregação seria em vão. Seu sacrifício não mudaria nada. Mas se ficasse em Cafarrnaum e aceitasse a proposta de Guiizael, o homem teria uma vida longa e feliz. Cafarnaum não era o mundo, mas era uma um lugarzinho simpático, ótimo para se criar os filhos.

7. Eo homem aceitou a proposta de Guizael para ficar em Cafarnaum. E disse: sabes, claro, que isto vai mudar a história da humanidade. E disse Gizael: a humanidade não merece mesmo. E o homem sorriu, e tocou o copo com seu dedo outra vez, e trocou o vinho tinto em vinho branco, para companhar o peixe.









sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cristo Cósmico

CICLO DE LEITURAS SOBRE CRISTO

O seu nascimento é muito falado e comentado. O protagonista, os personagens e coadjuvantes deste fato são alvo de evangelhos, contos, ficções, filmes e novelas. Talvez Cristo seja o personagem mais citado no globo terrestre, tanto por cristãos como por adeptos de outras religiões ocidentais e orientais.

A infância , adolescência e juventude de Cristo são apenas conhecidas por especulações de escritores e ficcionistas. Pouquíssimos são os fatos citados nestas fases de sua vida.

Terá o menino, e o jovem Jesus tido a infância e a adolescência normal de todo o ser humano?

Não creio! Acho que desde de cedo ele tenha sido arrebatado (não imagino por quem) da família para algum tipo de treinamento filosófico, teológico e sociológico que durou todos os obscuros anos de sua vida.

Repentinamente surge o adulto Jesus pregando o reino que não é desse mundo, e que também não sei de qual é. Nossas religiões falam num Paraiso estranho, onde o ser humano estará totalmente descaracterizado, pois Lá não sentirá nada, nem fome, nem frio, nem dor, nem desejos, nem ódio, não terá mais os cinco (ou seis?) sentidos que conhecemos hoje, mas talvez somente o Amor. Será uma outra dimensão? Ou outro Universo que não podemos ora ver ou sentir ?

O Universo conhecido da humanidade tem se expandido de maneira espantosa, tanto no tempo quanto no espaço desde os primeiros conhecimentos astronômicos, de tal forma que hoje nossa mente não consegue mais mensurar o tamanho nem a duração do Cosmo.

O que será da humanidade quando o sol chegar ao final já comprovado de sua vida daqui há alguns bilhões de anos (aeons)? Estaremos viajando no espaço infinito na busca de outro lugar para habitarmos? Ou sucumbiremos todos? Ou apenas alguns escolhidos serão poupados e transladados para algures?

E se o próprio Universo findar? As teorias atuais falam num possivel universo pulsante, do “Big Bang” ao “Big Crush” e nova explosão e tudo começa outra vez num ciclo infindável no verdadeiro infinito (onde tempo e espaço , energia e matéria se confundem).

Se somos realmente filhos deste Deus citado por todos os monoteistas, não iremos desaparecer, pois o Criador não permitirá que as suas “humanidades” que habitam as muitas moradas do Pai não pereçam, por força de seu próprio poder.

Teremos condições de chegar a algum outro longinquo astro que ofereça possibilidade de vida tal como a conhecemos na Terra? Ou será que sofreremos mutações de tal forma que não seremos mais homens, nem mulheres ? Seremos apenas “espiritos” ou mentes desprovidos de corpo físico, ou algum tipo de energia psíquica coletiva que conviverá com outras “antigas humanidades”?

Portanto a vinda e passagem de Jesus por esta Terra deve ter um significado muito maior do que aquele que as religiões pregam. Jesus pregou o Amor em sua essência, e nós ao meu ver ainda não entendemos perfeitamente o que Ele nos quis ensinar.

Na época Ele falava por parábolas, parábolas que se inseriam no linguajar, costumes e entendimento do povo rude e ignorante naquele momento e ambientação. Como poderíamos traduzir com perfeição o que ele queria passar para os seus seguidores aos dias atribulados de hoje?

Hoje a Ciência fala num estranho linguajar onde a materia e a energia parecem-se mais com seres vivos, dotadas de inteligência própria e também de sentidos e desejos .

Falam-se em atração que não tem limites de distância , nem de tempo. Falam-se em amor entre partículas subatômicas. Falam-se também em sabores como propriedades destas partículas. Falam-se em multiplas dimensões, universos múltiplos e paralelos interligados por buracos negros...

O que a humanidade está fazendo em meio a isto tudo?

Já ouvi afirmações de sábios dizendo que um único elétron pode amazenar todo o conhecimento do Universo e mais, na proximidade de um outro elétron haverá trocas de energia e de registros (conhecimento) entre eles. Sharon afirma ter provado matemáticamente que o “espirito” habita um dos elétrons do corpo humano e este elétron contrariando o que os elétrons comuns fazem constantemente,nunca abandona o corpo a não ser na hora da morte.

As explicações tanto religiosas quanto da Ciência para as origens da Vida e do próprio Universo são muito esquisitas, mexem com nossa capacidade de compreensão e nos deixam com mais dúvidas do que certezas...

José Carlos Caetano

31/08/2010

A moral de Cristo

Moral = conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.

Ao ler “Em 6 passos o que faria Jesus...”, percebi que era exatamente o que queria expressar:

Cristo foi homem. Iluminado, mas homem. Viveu na carne e usou todos os sentidos, sempre inserido no mundo. Sua espiritualidade não era excludente, ele abraçava, incluía a todos e era generoso no meio em que vivia. Estava disponível para o momento, vivia o momento, prestava atenção em quem estava com ele. Desfrutava sem possuir, demonstrando que o valor não está em acumular, ter, mas em ser. Era imprevisível e contraditório, sempre fazendo ou dizendo o que não se esperava dele. Era intolerante com os religiosos, por não aceitar um suposto monopólio sobre Deus.

A grande moral de Cristo reside em uma única regra: o Amor. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Afinal, somos todos pequenos deuses, por filiação, por imagem e semelhança e por origem. Estamos um pouco no outro e o outro está em nós e todos temos a centelha divina ardendo, queimando, iluminando, ou apenas apagada ou adormecida dentro de nós. Se vivermos o dia a dia, sem apegos, sem afastamentos e exclusões, sem submissão a regras de homens, se tivermos incertezas e formos imprevisíveis, mas praticarmos o amor, estaremos seguindo a moral do Cristo.

Maria Ivone Pandolfi

29/08/2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

PEDAGOGIA DO OPRIMIDO & PEDAGOGIA DA ESPERANÇA

IRACI PEREIRA MESQUITA DE MELO – 30/05/2010

Pedagogia do Oprimido: - um legado de Paulo Freire que tem perturbado a minha existência. Nesta obra em especial, ele defende um sistema educação em que o aprendizado seja ação de cultura e liberdade e que possibilite a interação professor-aluno, onde ambos possam aprender - aluno com o professor e professor com o aluno.

Das lições freirianas estão sempre a chamar-me a atenção, alguns conceitos do autor que me ajudam a entender melhor as leituras que fazemos na Oficina de Leitura. Entre eles: “Educação Bancária, na qual aprendizes passivos têm conhecimentos pré-estabelecidos depositados em suas mentes; Conscientização, um processo pelo qual o aprendiz avança na direção da consciência crítica; Cultura do Silêncio, na qual indivíduos dominados perdem os meios de responder criticamente ao conhecimento imposto a eles pela cultura dominante”.

Mas é “Empoderamento” o conceito que mais me impressiona. Embora já existisse em outros dicionários significando - dar poder, em Paulo Freire, segue uma lógica completamente outra. Para ele “a pessoa, grupo, ou instituição empoderada é aquela que realiza, por si mesma, as mudanças e ações que a levam a evoluir e se fortalecer”. Um movimento que ocorre internamente, pela conquista, tanto no indivíduo isolado como nos grupos, proporcionando, ao contrário da educação formal, muito mais a transformação cultural do que adaptação social.

De Freire também me vem que “os oprimidos, tendo internalizado a imagem do opressor e adotado suas linhas de atuação, têm medo da liberdade. A liberdade requer deles, rejeitarem essa imagem e preencherem o seu lugar com autonomia e responsabilidade. Liberdade se adquire pela conquista, não como um presente e deve ser buscada constantemente. Não é um ideal localizado fora do ser humano; nem uma idéia que se torna um mito”, mas uma condição para a busca das mudanças sonhadas.

Estudando o “CICLO VAMPIROS” na OFICINA DE LEITURA, de repente me veio uma idéia de que o conceito de imortalidade tal como “aprendi” na minha prática religiosa, também pudesse ser um equívoco. Que ser imortal, ao contrário de predeterminação fosse, antes de qualquer coisa um processo de aprendizagem. Que ao recebermos o dom da imortalidade ganhássemos também o poder da interação com o doador do saber imortal. Poderia até ser um processo doloroso e entediante. Quase morrer certamente acarretaria dor e nunca morrer poderia transformar a vida num circulo vicioso, mas em determinados aspectos, tudo poderia ser compensador.

Fiquei com vontade de sonhar com situações diferentes.

E sonhei.

Um sonho desvairado que se auto - explica e tem por título: -

QUEM DERA SER VAMPIRO!

Bibliografia:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um encontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

SCHIAVO, Marcio R. e MOREIRA, Eliesio N. Glossário Social. Rio de Janeiro: Comunicarte, 2005.

VALOURA, Leila de Castro (“Leila Kass”) . Residente do Programa Comunicarte de Residência Social. 2005/2006.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vampiros-Políticos

Vampiros

Neste pequeno espaço de tempo em que dedicamos nossa convivencia com os Vampiros, resolvi deixar para os colegas da sala de leitura o meu parecer a respeito, para tanto usarei, do cinismo, da mentira e do humor.

Existem pessoas que creem nos Vampiros, Eu tambem.
Tem gente que acredita que Vampiros não existem, Eu tambem, mas que são infinitos, isto não há dúvidas.
Pra que servem os Vampiros? Para vampirizar e vemos que este atributo dos Vampiros ou seja o vampirismo é um atributo verdadeiro e real neste país tupiniquim.
Ao eternizarmos a vida dos Vampiros, estamos dando-lhes atributos de "Deus" ou "Eterno", sem inicio nem fim.
A qualidade de eterno, só entendida como" muito tempo" é até aceitável, e como" período após a morte" também, mas temos conhecimento que para ser Vampiro tem que se passar por uma transformação, metamorfose(mito).
Para matar um Vampiro necessário sera espetar uma estaca de madeira em seu coração ou usar uma bala de prata (projetíl).Mas mesmo assim voltaria a vida se a estaca ou o projetíl fosse retirado.
Diante do exposto achamos por bem dar a qualidade de "infinitude" aos Vampiros, o que vem defini-los melhor, pois é sabido que os mesmos não tem fim ou seja a sua existencia é incalculavel em tempo.
Os Vampiros portanto são infinitos, tiveram um começo mas não terão fim.
Como sugar as energias é o principal atributo dos Vampiros (hematofago=ser lendário que suga o sangue humano).
No Brasil(tupiniquim) observamos em profusão a ação vampirizadora dos Politicos, onde toda a energia aqui tida como riqueza do país é vampirizada em todos os setores governamentais, presidencia da república, senado, camara dos deputados, assembleias legislativas, prefeituras etc etc.
Assim como para o Vampiro mito, a solução é a estaca pontiaguda e a bala de prata, para o mal tupiniquim também existe uma solução que pode mudar esse "status quo" e qual é ?
Os eleitores , por meio do voto, então o atributo de eterno não e aplica aos Politicos vampirizadores da coisa pública.
O período de campanha eleitoral seria assim comparada aos grupos da zoonoses de combate a dengue.
O combate ao infinito de Vampiro Politico seria feito no dia das eleições.
Sabemos que os vampiros politicos nunca acabarão, mas pelo mmenos estamos usando dos mecanismos mais práticos para elimina-los.
Pois ambos, Vampiros e Politicos são eternos e infinitos enquanto duram.

Por DIRCEU

Ciclo Vampiro

Ciclo Vampiro

A Oficina de Leitura da UNATI inicia em 2010 um novo ciclo de estudos com o tema Vampiros e a proposta de traçar um paralelo entre a antiga lenda e a nova “onda” representada pela saga de Crepúsculo, Diários de um Vampiro e outros tantos (há hoje nas editoras 17 séries vampirescas).

Considerações preliminares

Os vampiros têm aparições antiqüíssimas na mitologia de muitos países. Há menções sobre eles em praticamente todas as culturas, inclusive na Assíria e na Babilônia, há mais de 3000 a.C. As superstições dessas várias culturas nos apresentam um vampiro folclórico, um ente fantástico que sai à noite da sepultura para sugar o sangue dos vivos e retorna, antes do dia clarear, ao seu caixão que geralmente contém um pouco de terra do lugar onde viveu.

Segundo as lendas, vampiro não faz sombra ou reflexo, é afastado com alho, água benta ou imagens da cruz e pode ser morto cravando-se uma estaca em seu coração, sendo decapitado, tendo seu sangue queimado ou destruindo-se seu esconderijo diurno.

Para a Psicologia, especialmente nos estudos de Jung, o vampiro é um símbolo. O vampiro é real e ocorre em vários povos, em diversas localidades e épocas diferentes no que se chama de inconsciente coletivo. O vampiro revelaria algo desconhecido e oculto de nós mesmos.

Mas, se os vampiros estão fazendo sucesso nos livros e nas telinhas hoje, conquistando os mais variados públicos, especialmente o jovem, é preciso ampliar a visão e assistir a algumas raridades de filmes clássicos de vampiros e ler uma literatura mais consistente sobre o tema:

Muitas personalidades da literatura escreveram sobre esses seres das trevas. Voltaire, Tolstoi, Alexandre Dumas, H. G. Wells, Arthur Conan Doyle e:

Goethe: O famoso autor alemão da época do Romantismo escreveu o poema "A noiva de Corinto", em 1797. A novidade é que esta foi uma das primeiras aparições de vampiros do sexo feminino na literatura. Naquela época, o ideal de beleza eram as mulheres muito pálidas, portanto as vampiras caíram como luvas para o poeta.

Joseph Sheridan Le Fanu: Escreveu o livro "Carmilla", que é anterior ao épico vampiresco de Stoker em 25 anos. A história possui um claro viés lésbico, pois a vampira só escolhe mulheres como vítimas. Este livro deu início ao estilo de roteiro das histórias de vampiros, o qual foi copiado por Stoker, pois há a parte do ataque, a conversão do atacado em vampiro e, no final, a caça e a morte do ser das trevas.

Bram Stocker: Escreveu “Drácula”, considerado um clássico, porque modificou para sempre as lendas de vampiros, definiu a origem da maldição e também a geográfica – a Transilvânia – desses misteriosos seres. A história de Stoker é a mais adaptada para os cinemas.

Anne Rice: Autora de uma série de livros conhecidos como "Crônicas Vampirescas", Ricce ficou famosa pela criação do personagem Lestat de Lioncourt, que aparece no exemplar "Entrevista com o Vampiro", em 1976. Outra adaptação para o cinema foi a história de "A rainha dos condenados", de 1988. A saga tem ao todo 10 livros, mas os últimos episódios não possuem a mesma vitalidade dos primeiros.

Laurell Kaye Hamilton: A escritora é contemporânea de Stephanie Meyer, da série "Crepúsculo". Sua série de livros é conhecida como "Anita Blake: Vampire Hunters", cujo primeiro livro "Prazeres Malditos" foi lançado este ano no Brasil. A personagem principal também é uma menina que se envolve com família de vampiros, assim como Bella de "Crepúsculo". Anita, ao mesmo tempo em que caça vampiros maus, começa a aprender e se relacionar mais com esses seres.

Alguns Filmes Clássicos de Vampiros:

1 – Nosferatu (1922, Alemanha), direção de F. W. Murnau. Esse filme é mudo, em preto e branco. Considerado o primeiro filme de vampiros e foi baseado no livro de Bram Stoker (Drácula). Um clássico do expressionismo alemão.

2 – Drácula (1931, EUA), direção de Tod Browning. Esse filme se tornou um clássico do horror. A famosa história do Conde Drácula da Transilvânia interpretada pelo húngaro Bela Lugosi que compensa todo o filme.

3 – O Vampiro da Noite (1958, Inglaterra), com direção de Terence Fisher. Um clássico cult de terror, em cores. Christopher Lee dá uma interpretação elegante e sensual ao Drácula.

4 – Rosas de Sangue (1960, França), direção de Roger Vadim. Baseia-se no conto de Sheridan Le Fanu e procura explorar o elemento sexual do vampirismo por meio da figura da mulher e do lesbianismo. O diretor privilegia os elementos estéticos em detrimento da trama.

5 – A Dança dos Vampiros (1967, EUA), direção de Roman Polanski, que também atuou com ator. O filme é uma mescla de trama policial e comédia. Tem-se aqui uma fórmula inovadora para tratar o universo vampiresco.

6 – Nosferatu no Brasil (1971, Brasil), direção de Ivan Cardoso. Filme produzido em super-8, mostra o famoso vampiro – Nosferatu – com seu ar assustador pelas ruas do Rio de Janeiro.

7 – Rock Horror Picture Show (1975, EUA), direção de Jim Sharmam. Uma comédia musical de horror, em que o Drácula é um homossexual. O filme é audacioso, engraçado e criativo. Uma peróla do horror.

8 – Nosferatu, o Vampiro da Noite (1979, EUA), direção de Werner Herzog. Remake do clássico de Murnau, também baseado no clássico de Bram Stoker. No elenco: Klaus Kinski e Isabelle Adjani. Uma obra-prima.

9 – Fome de Viver (1983, EUA), direção de Tony Scott. O vampirismo é renovado neste filme elegante, ousado e inesquecível. Um “cult” de vampiros que mescla suspense e sensualidade. No elenco, Catherine Deneuve, David Bowie e Susan Sarandon.

10 – Drácula, de Bram Stoker (1992, EUA), direção de Francis Ford Coppola. O filme é refinado e o mais fiel ao original de Bram Stoker. A fotografia é uma verdadeira obra de arte. Ganhou três Oscars (efeitos sonoros, melhor figurino e melhor maquiagem) e foi indicado à categoria melhor direção de arte. No elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins e Keany Reeves.

11 – Entrevista com o Vampiro (1994, EUA), direção de Neil Jordan. Baseado no livro de Anne Rice, que também adaptou o roteiro para as telas. Os atores Brad Pitt, Christian Slater, Tom Cruise e Kirsten Dunst estrelam o longa que foi um sucesso de bilheteria. O filme não possui o requinte artístico de outros clássicos, mas encanta e com certeza pode ser considerado um clássico mais contemporâneo.

12 – A Sombra do Vampiro (2000, EUA, Luxemburgo), direção de E. Elias Meckige. O ator Nicolas Cage ajudou a produzir este filme, cuja proposta é mostrar a produção dos bastidores de Nosferatu e criar um filme o mais realista possível. No elenco, John Malkovich e Willem Dafoe.

Como parte do estudo, a Coordenação propôs e o grupo aceitou assistir a três filmes sobre o tema:

Ø Nosferatu, uma Sinfonia de Horror, 1922, de F. W. Murnau

Filme clássico do expressionismo alemão, produzido em 1922, cujas imagens de horror ainda conseguem surpreender até hoje. Sem os recursos de tecnologia, efeitos especiais ou cores, passa muito bem o jogo de trevas e luz, resultando em sombra, que dá suporte ao personagem sombrio do Conde Orlock, que diz muito apropriadamente: “- Ninguém pode escapar de seu destino”. Pontos de destaque e discussão: o sangue, simbolizando a vida e também a morte, dependendo de que ponto se observa; a presença dos Sete Pecados Capitais como pontos de partida para a perdição humana: o apelo feminino; o amor como determinante do início e do fim. O letreiro final bem ilustra: “Ela desejou e realmente aconteceu. A grande mortandade acabou no momento em que os raios do sol triunfaram sobre o pássaro da morte e ele deixou de existir”.

Ø Drácula, 1931, de Tod Browning

Drácula, um dos clássicos do horror, coroado pela magnífica interpretação de Bela Lugosi, sua brilhante capa preta e os cabelos engomados para trás, lembrando as asas e cabeça de um morcego.

Pontos de destaque e discussão: novamente a presença dos pecados capitais como determinante das escolhas de vida e suas conseqüências. Símbolo cristão, a cruz, aparece como proteção na luta entre Bem e Mal.

Ø Drácula de Bram Stocker, 1992, de Francis Ford Coppola.

Aqui houve uma bem temperada sedução elegante do vampiro com sequências sexuais picantes, chegando ao bestialismo, sem, no entanto, perder o sentimento humano em sua busca do amor eterno.

Pontos de destaque e discussão: Os sete pecados se repetem, com ênfase na luxúria. A maldição que começa com o amor interrompido e termina com o amor interrompido. A proibição que atrai e desperta a curiosidade levando à perdição e nos reporta a Adão e Eva. O solo sagrado, onde tudo teve início, que serve de fonte realimentadora para a sobrevivência eterna. A loucura que enxerga a realidade (doutor Van Helsing). O sangue derramado pelo guerreiro cruzado, pela amada suicida, pela revolta contra a Igreja e contra o sacrário, gerando um mal eterno, que se faz presente ao mesmo tempo na morte (pelo Vampiro) e na celebração de vida na Eucaristia (o Corpo e o Sangue).

Houve também a leitura de trecho inicial do livro Drácula, de Bram Stocker.

Os livros, os filmes, o tema gerou muita discussão e reflexão por parte do grupo, sempre com a mediação da Coordenadora. Além dos pontos de destaque levantados após cada filme, muitos outros foram levantados.

A questão da vida eterna – em que momento seria? Na juventude, na maturidade, na velhice? Os vampiros clássicos se apresentam na maturidade, os atuais são jovens.

A questão do ser noturno, que sucumbe à luz do dia, nos clássicos, e os vampiros jovens que, não só saem à luz do dia, mas brilham ao sol. A questão do amor que celebra a vida e a morte. A vampirização metafórica (pessoas que sugam nossa energia). A carne como alimento e contém sangue.

O paralelo entre vampiros clássicos e contemporâneos mostrou que é evidente o apelo de mercado que ocorre atualmente. É claro que um tema de suspense e mistério, mesclado com romance de amor quase impossível, mexe com os adolescentes e também com os “nem tanto”. E vende livros e filmes e mais um sem número de coisas afins.

Fontes:

http://www.mulherdigital.com/filmes-classicos-de-vampiros/

http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_190.html

http://www.flogao.com.br/psyvamp/foto/007/66255281

http://www.abril.com.br/noticia/diversao/5-cinco-livros-entender-vampiros-351748.shtml

Por Maria Ivone

Lista de 46 Filmes sobre Vampiros

01

Nosferatu

24

Quando Chega a Escuridão (1987)

02

London After Midnight (1927)

25

The Lost Boys (1987)

03

Dracula (1931)

26

Buffy, a Caça-vampiros (1992)

04

Mark of the Vampire (1935)

27

Dracula de Bram Stoker (1992)

05

Dracula’s Daughter (1936)

28

Entrevista com o Vampiro (1994)

06

Horror Of Dracula (1958)

29

Um vampiro americano no Brooklin

07

The Brides of Dracula (1960)

30

Quando Chega a Escuridão (1987)

08

Dracula, Prince of Darkness (1966)

31

Vampirella (1996)

09

Dracula Has Risen the Grave (1968)

32

Um Drink no Inferno (1996)

10

Taste the Blood of Dracula (1970)

33

Blade o Caçador de Vampiro (1998)

11

Cownt Dracula (1970)

34

Vampiros de John Carpenter (1998)

12

Scars of Dracula (1971)

35

A sombra do morcego (2000)

13

Dracula A.D. 1972 (1972)

36

Dark Prince (2000)

14

Cownt Dracula & His Bride(1973)

37

Dracula 2000

15

A Dança dos Vampiros (1967)

38

Forsaken (2001)

16

Old Dracula (1974)

39

Rainha dos condenados (2002)

17

Rock Horror Picture Show (1975)

40

Blade II (2002)

18

Dracula (1977)

41

Underworld - Anjos da Noite (2003)

19

Dracula (1979)

42

O Caçador de Monstros (2004)

20

Amor a Primeira Mordida (1979)

43

Anjos da Noite: Evolução (2006)

21

A hora do espanto (1985)

44

30 Dias de Noite (2007)

22

Fome de Viver (1983)

45

Crepúsculo (2008)

23

Vamp-A noite dos Vampiros (1986)

46

Lua Nova (2009)

Por José Carlos

sexta-feira, 30 de abril de 2010

QUEM DERA SER VAMPIRO

Iraci P. Mesquita de Melo

Quem me dera ter nascido para o eterno.
Quem me dera viver, jamais morrer.
Vagar sem pressa, sem medo do inferno.
Andar, correr, fluir sem nada temer.

Quem me dera não ter fim.
Quem me dera somente ser, sem morte marcada.
Conhecer o amanhã, o depois, o sempre e seguir assim.
Estar aqui, ali, e muito além do simples nada.

Ficar ou partir, ir ou voltar sempre saciada.
Ter a força, o poder e a energia
Da fome ausente e a sede de sangue aumentada.

Não sofrer por causar o mal.
Não necessitar praticar o bem
Para merecer o céu do pobre mortal.

OFICINA DE LEITURA – UNATI
MARÍLIA, 29/03/2010

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Nosso Grupo de Leitura atualmente apresenta a seguinte formação: Iraci - Existencia; Ivone - Inspiração; J.C. Caetano - Reinvenção; Dirceu - Questionamento; Orciza - Reflexão; Sonia - Articulação; Elci - Entendimento; Cássia - Cordialidade; Dade - Criação; Vera - Saudade; Simone - Aquela que ouve!

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