terça-feira, 4 de maio de 2010

PEDAGOGIA DO OPRIMIDO & PEDAGOGIA DA ESPERANÇA

IRACI PEREIRA MESQUITA DE MELO – 30/05/2010

Pedagogia do Oprimido: - um legado de Paulo Freire que tem perturbado a minha existência. Nesta obra em especial, ele defende um sistema educação em que o aprendizado seja ação de cultura e liberdade e que possibilite a interação professor-aluno, onde ambos possam aprender - aluno com o professor e professor com o aluno.

Das lições freirianas estão sempre a chamar-me a atenção, alguns conceitos do autor que me ajudam a entender melhor as leituras que fazemos na Oficina de Leitura. Entre eles: “Educação Bancária, na qual aprendizes passivos têm conhecimentos pré-estabelecidos depositados em suas mentes; Conscientização, um processo pelo qual o aprendiz avança na direção da consciência crítica; Cultura do Silêncio, na qual indivíduos dominados perdem os meios de responder criticamente ao conhecimento imposto a eles pela cultura dominante”.

Mas é “Empoderamento” o conceito que mais me impressiona. Embora já existisse em outros dicionários significando - dar poder, em Paulo Freire, segue uma lógica completamente outra. Para ele “a pessoa, grupo, ou instituição empoderada é aquela que realiza, por si mesma, as mudanças e ações que a levam a evoluir e se fortalecer”. Um movimento que ocorre internamente, pela conquista, tanto no indivíduo isolado como nos grupos, proporcionando, ao contrário da educação formal, muito mais a transformação cultural do que adaptação social.

De Freire também me vem que “os oprimidos, tendo internalizado a imagem do opressor e adotado suas linhas de atuação, têm medo da liberdade. A liberdade requer deles, rejeitarem essa imagem e preencherem o seu lugar com autonomia e responsabilidade. Liberdade se adquire pela conquista, não como um presente e deve ser buscada constantemente. Não é um ideal localizado fora do ser humano; nem uma idéia que se torna um mito”, mas uma condição para a busca das mudanças sonhadas.

Estudando o “CICLO VAMPIROS” na OFICINA DE LEITURA, de repente me veio uma idéia de que o conceito de imortalidade tal como “aprendi” na minha prática religiosa, também pudesse ser um equívoco. Que ser imortal, ao contrário de predeterminação fosse, antes de qualquer coisa um processo de aprendizagem. Que ao recebermos o dom da imortalidade ganhássemos também o poder da interação com o doador do saber imortal. Poderia até ser um processo doloroso e entediante. Quase morrer certamente acarretaria dor e nunca morrer poderia transformar a vida num circulo vicioso, mas em determinados aspectos, tudo poderia ser compensador.

Fiquei com vontade de sonhar com situações diferentes.

E sonhei.

Um sonho desvairado que se auto - explica e tem por título: -

QUEM DERA SER VAMPIRO!

Bibliografia:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um encontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

SCHIAVO, Marcio R. e MOREIRA, Eliesio N. Glossário Social. Rio de Janeiro: Comunicarte, 2005.

VALOURA, Leila de Castro (“Leila Kass”) . Residente do Programa Comunicarte de Residência Social. 2005/2006.

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