Cristo foi homem. Iluminado, mas homem. Viveu na carne e usou todos os sentidos, sempre inserido no mundo. Sua espiritualidade não era excludente, ele abraçava, incluía a todos e era generoso no meio em que vivia. Estava disponível para o momento, vivia o momento, prestava atenção em quem estava com ele. Desfrutava sem possuir, demonstrando que o valor não está em acumular, ter, mas em ser. Era imprevisível e contraditório, sempre fazendo ou dizendo o que não se esperava dele. Era intolerante com os religiosos, por não aceitar um suposto monopólio sobre Deus.
A grande moral de Cristo reside em uma única regra: o Amor. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Afinal, somos todos pequenos deuses, por filiação, por imagem e semelhança e por origem. Estamos um pouco no outro e o outro está em nós e todos temos a centelha divina ardendo, queimando, iluminando, ou apenas apagada ou adormecida dentro de nós. Se vivermos o dia a dia, sem apegos, sem afastamentos e exclusões, sem submissão a regras de homens, se tivermos incertezas e formos imprevisíveis, mas praticarmos o amor, estaremos seguindo a moral do Cristo.
29/08/2010
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