Rotina
Desmotivado, inativo e lerdo,
O nobre artista entrega-se à rotina,
Enquanto a vida em volta a nós ensina,
Que o bom mesmo é ser rápido e moderno.
MAIO /2011.
Luiz Antonio Ortolani Lacerda
Rotina
Desmotivado, inativo e lerdo,
O nobre artista entrega-se à rotina,
Enquanto a vida em volta a nós ensina,
Que o bom mesmo é ser rápido e moderno.
MAIO /2011.
Rotina
Um ritual...
O bate-bola, a sesta
O jornal Nacional
Confrontam-se
À leitura noturna
Ao cinema de fim de semana.
Acordo com Boldrin
E digo sim!
Mas o dia a dia
E a disciplina necessária
Impõem tarefas
Isentas de monotonia
E então chega o marasmo
A acomodação
E deságuo em agonia.
É certo que viver
Pode ser
Ver sem às vezes enxergar
Ler o jornal, ir à missa
Tomar banho e até andar.
Já a rapidez produz cansaço
O desinteresse, desencanto
O hábito, estresse
Então, do descompromisso
Passo à organização
E chego ao compromisso.
Amanhã, hoje, ontem
Sempre
Faço-me produtiva
Para a vida boa e prazerosa
Ignoro a cansativa tristeza
E teimo em continuar
Em quebrar a acomodação.
Encaro a realidade:
“Nada se cria, tudo se copia”
E digo não à fuga
Sim à nossa realidade
E se ninguém sai dela
Ninguém dela escapa
Deposito esperança no futuro
E concluo: faria tudo novamente!
É quando outra vez
Retorna o cansaço
E o aborrecimento
Leva à nostalgia
Pois, sem a organização que se deseja
Ergo a voz e clamo: Agora chega!
Maria Ivone Pandolfi
O nosso dia a dia pode tornar-se uma sequência interminável de atos e atitudes repetidas e enfadonhas, fazendo com que a entediante rotina encurte mais o tempo, que é relativo. Os dias passarão cada vez mais rapidamente porque não haverá nenhum registro interessante para o nosso cérebro gravar.
Podemos constatar que, quando a gente viaja, o tempo parece passar mais devagar, tanto no deslocamento de uma localidade para outra, quanto ao visitar amigos e parentes. O cérebro fica feliz em ter novos fatos para registrar!
Entendo que uma maneira de frear o tempo é procurar fazer pelo menos uma ação diferente a cada dia, pois assim o cérebro ou a memória terá uma referência por dia e nesse caso uma semana terá pelo menos sete referências registradas.
O tempo sendo relativo, sua velocidade vai depender de cada um de nós. Ele será bastante rápido quando a sucessão de dias , meses e anos não apresentar nenhum fato digno de nota. Este fato não precisa ser um acontecimento mirabolante, mas apenas alguma coisa que nos alegre, emocione ou nos dê prazer. A emoção pode ser de alegria por alguma conquista, mas pode ser também de tristeza quando houver alguma perda (objetos, pessoas ou valores como amor próprio ou mesmo pecuniários).
As rotinas podem ser prazeirosas como por exemplo, comer, se divertir ou até tirar um cochilo ou mesmo dormir.
Pode-se ter num dia as mais variadas rotinas, algumas já automatizadas pelo uso contínuo;nestes casos, não se recorda o que foi realizado porque o cérebro as comanda sem o concurso de nossa intervenção.
Outras rotinas podem ser esporádicas e realizadas mais conscientemente; neste caso, será mais fácil a rememoração.
José Carlos
Marília, 11 de maio de 2011
Cotidiano
Acomodação
Ah... monotonia
Redundância de ação
Que agonia
Organização
Ontem, hoje, todo dia
Tristeza, medo, depressão
Solução?
psicoterapia
Esperança ... viver
Pura alegria...
Sonia
Marilia 17/05/2011
Então, “O caminho já percorrido e conhecido, em geral trilhado maquinalmente”, na expressão do Aurélio, não será também o mesmo porque os pensamentos de cada dia não serão os mesmos; o segundo, o minuto, a hora, o tempo, o dia, o mês, o ano eram outros, o brilho solar outro. Pode-se até não observar estes detalhes, mas, temos a certeza de que tudo mudou e muito, em cada aspecto.
A lei de evolução e de progresso não dá saltos, caminha passo a passo.
Quanto ao cotidiano “de todos os dias”, se acaso o homem não mudasse, o que não é uma verdade, pois independente dele o mundo continua na sua dinâmica, cada dia a sua vez, todo instante muda, e em se mudando o homem muda junto.
Agora invertendo as situações, o homem mudando, que é o que realmente acontece, o mundo muda com ele, e se melhora. Os costumes criam leis, o conhecimento, e o progresso dá uma nova dinâmica na vida; é o que podemos observar que vem acontecendo desde os primórdios da vida.
Marília, maio de 2011
Trabalho do Grupo
Marília,10 de maio de 2011
"O ritual cotidiano que nos leva à repetição periódica de atividades pode produzir tédio e resultar em depressão. Já o automatismo pode trazer a paz ou a agonia, dependendo do grau de acomodação e medo do desconhecido. Entretanto, para sair do tédio e da depressão o melhor caminho é abandonar os velhos costumes e hábitos, bem como eliminar as atitudes desnecessárias ou negativas que nos aborrecem no cotidiano. Tendo ficado apenas com as atitudes positivas e ações que nos dão prazer, com certeza a rotina nos será mais agradável e leve.
O dia a dia por exemplo é um ritual: o café da manhã, ler à noite , ouvir o Jornal Nacional, fazer caminhadas, ir ao cinema aos sábados e domingos, comer coisas gostosas, comer com os amigos, tudo isso pode ser a medida do prazer.
Nunca se deve arrepender dos prazeres que a rotina traz, pois as lembranças do cotidiano das reuniões familiares, que constituem um modelo de rotina, podem trazer um dos mais puros sentimentos que é a saudade.
Por outro lado, a vida é sempre mudança. Como fazê-la para não ficar à margem? É preciso movimentar o corpo. É preciso alimentar a alma. É preciso ser do mundo e estar sempre nele. Se ficarmos à margem, de forma que não sejamos o leito, os rios não nos levam aonde é preciso.
Essa travessia, contudo, teremos que fazê-la em mesmos caminhos e diariamente... "