quarta-feira, 18 de maio de 2011

Café da manhã um ritual...

Rotina


Café da manhã


Um ritual...


Em redundância de ações


O bate-bola, a sesta



O jornal Nacional



Confrontam-se



À leitura noturna



Ao cinema de fim de semana.



Acordo com Boldrin



E digo sim!





Mas o dia a dia



E a disciplina necessária



Impõem tarefas



Isentas de monotonia



E então chega o marasmo



A acomodação



E deságuo em agonia.





É certo que viver



Pode ser



Ver sem às vezes enxergar



Ler o jornal, ir à missa



Tomar banho e até andar.



Já a rapidez produz cansaço



O desinteresse, desencanto



O hábito, estresse



Então, do descompromisso



Passo à organização



E chego ao compromisso.



Amanhã, hoje, ontem



Sempre



Faço-me produtiva



Para a vida boa e prazerosa



Ignoro a cansativa tristeza



E teimo em continuar



Em quebrar a acomodação.





Encaro a realidade:



“Nada se cria, tudo se copia”



E digo não à fuga



Sim à nossa realidade



E se ninguém sai dela



Ninguém dela escapa



Deposito esperança no futuro



E concluo: faria tudo novamente!



É quando outra vez

Retorna o cansaço



E o aborrecimento



Leva à nostalgia



Pois, sem a organização que se deseja



Ergo a voz e clamo: Agora chega!




Maria Ivone Pandolfi

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