quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Amigo Secreto Oficina de Leitura 2009

A Oficina de Leitura após a visita ao Sebo para compra de livros, se reuniu na Orly para a confraternização entre os alunos e a coordenadora e para distribuição dos presentes dos Amigos Secretos. Infelizmente alguns integrantes não puderam comparecer.


















Encerramento das Atividades UNATI 2009

A Abertura foi feita pela profa. Simone de uma forma bastante descontraida, o que colocou os presentes muito à vontade!



O Encerramento do ano letivo de 2009 pela UNATI foi realizado na forma de um sarau, onde os participantes leram ou recitaram poemas e o prof. João Paulo apresentou músicas em companhia de seus alunos.

Foi um fechamento com chave de ouro. Parabéns a todos!













































sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Atividade do dia 16 de novembro de 2009.

José Carlos escolheu o poema As Meninazinhas, de Mario Quintana, para homenagear todas as meninas do grupo, principalmente a aniversariante do dia Maria Ivone.

As meninazinhas
Mario Quintana

Queridas unhinhas róseas... bocas
de úmida, fresca avidez
de onde todas as notas, loucas
querem fugir de uma só vez...
Olhinhos de água tão pura
que nada há que os espante...
Sensível narina aflante...
Inquieta mão que procura...
Indeciso quadril, mas já
com aquele femíneo encanto...
Sobrancelhinhas: um veludo...
Orelhas, dedinhos... Ah!,
nem queiras saber tudo quanto
elas prometem à vida...


Coube a cada um escrever, sozinho ou em dupla, uma “resposta”, um poema ou um texto retratando as mudanças aos 50, 60 anos, e ficou assim:

Mudança
Orciza

menina
mulher
paixão
sonhos
saudades


.....
Trinidade

Sair de várias fases
e caminhar para o oitenta
é caso de se pensar
e se preocupar
seriamente...


Anos
Sonia

Tinha cinqüenta
A vida brilhava
Hoje aos sessenta
O mundo é menor
Começam a aparecer as dores
dor das juntas, dos músculos
e apesar disso
espero com ansiedade
a chegada dos setenta
dos oitenta...



Transição 50 para 60
Dirceu e José Carlos

Até os 50 anos eu chamei todos por senhor e senhora
Após os 60 anos chamarei todos por você a toda hora.
Se a vida começava aos 40
Quem tinha esperança:
Para mim começa aos 60
Sou portanto ainda uma criança!


Ela
Maria Ivone

Cabeça, tronco, membros
Tudo em sintonia
Harmonia quase perfeita
O quadril já não oscila
Os olhos, ressaca de Capitu
Quem dera!
Amor, amante, revela
Tudo que da vida
Inda espera.



Dos 30 aos 40...
Denise Mesquita de Melo Almeida

Uma mulher se assenta
Identifica-se com trabalho
Se sente potente!
Engorda. Encorpa. Enfrenta!
Arrisca: se casa
Hum...Se agrada!
Respira aliviada...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Minha Infância

Queridos amigos, da OFICINA DE LEITURA, a propósito do tema INFÂNCIA,
empresto de E. Allan Poe as palavras necessárias para dizer a vocês um pouco do que foi minha meninice:

"Não fui, na infância, como os outrose nunca vi como outros viam. Minhas paixões eu não podia tirar de fonte igual à deles; e era outra a origem da tristeza, e era outro o canto, que acordavao coração para a alegria. Tudo o que amei, amei sozinho. Assim, na minha infância, na albada tormentosa vida, ergueu-se, no bem, no mal, de cada abismo, a encadear-me, o meu mistério. Veio dos rios, veio da fonte, da rubra escarpa da montanha, do sol, que todo me envolviaem outonais clarões dourados; e dos relâmpagos vermelhosque o céu inteiro incendiavam; e do trovão, da tempestade, daquela nuvem que se alterava, só, no amplo azul do céu puríssimo, como um demônio, ante meus olhos.” E. Allan Poe.


SER COMO OS OUTROS, eu aprendi a ser mais tarde. Bem mais tarde. O MEU VER, ainda é um pouco diferente dos outros.
Antes era muito diferente. Onde outros viam formigas destruindo plantas, eu via uma multidão ocupada com o seu dever de casa.
Eu amava e ainda amo pessoas e coisas que às vezes não são bem quistas.
Ainda sou triste. Minha pouca alegria, vem de coisas simples.
Alegro-me com o canto dos pássaros, o barulho das águas e pedras, o sorriso dos amigos, coisas que para muitos não passa de tontice.
Assim como na infância, ainda amo sozinha, pessoas e coisas que só eu vejo – os sacis, por exemplo.
Meu bem e meu mal sempre vieram das minhas paixões.
Na infância, paixão pelo prazer infinito da meditação sob as árvores e a queda das águas da cachoeira. Paixão pelas sonecas em baixo dos cafeeiros, pelas brincadeiras sob a chuva e enxurradas. Gozo infinito me trazia o encantamento das visões cinematograficamente a mim mostradas, pelas nuvens transformantes, ora em anjos ora em assombrações.
Não posso fazer de conta que não me lembro com alegria e saudade, das brincadeiras com outras crianças. Ainda guardo os momentos felizes das rodas cantadas, do esconde-esconde, do passar anel, do jogo de versos repentinos e improvisados, do pular amarelinha, do brincar de casinha, rezar missas e batizados de bonecas. Também brincávamos de caçar passarinhos com arapucas, pescar lambaris com peneiras, amarrar borboletas com fios de linha e fazê-las voar, esconder gatinhos novos só pra ver a mãe gata resgata-los. Fazer corridas de laranjas nos barrancos, roubar melancias e espigas de milho em nossas próprias roças também era bastante divertido, desde que fossem consumidos longe de casa.
Mas eram as brincadeiras solitárias as minhas preferidas.
Correr pelo meio do cafezal pulando as leiras e os pés de feijão
Pular as cercas e ganhar o descampado correndo atrás dos atrevidos bichinhos do mato. Subir nas árvores em busca não só das frutas como do prazer imensos de comê-las lentamente longe de outras pessoas. O paladar e o cheiro delas nestas ocasiões são inigualáveis e inesquecíveis. Eram degustadas ao compasso do balanço dos galhos que muitas vezes se quebravam e me obrigavam a esconder os arranhões da queda. Tão bom quanto isso era brincar nas enxurradas das chuvas de verão e lambuzar-me toda de barro escorregando pelos barrancos molhados, mesmo sabendo que depois vinha as lambadas de levantar vergão.
Até hoje, me trazem um certo prazer, as lembranças das surras bem dadas, por causa do meu “tempo perdido” com divagações, exposição aos perigos de quedas, afogamentos e picadas de bichos peçonhentos bem como, uma pré-disposição aos esquecimentos das tarefas domésticas infantis. Deus queira que isso não seja confundido com doença ou desvio de personalidade.
Eis meus amigos, um pouco de mim.

Marília, 03 de novembro de 2008.
Iraci Pereira Mesquita de Melo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Fim das Atividades de 2009

Depois de um ano um tanto conturbado pelas paralisações, greves, gripe AHN1, reformas, chegamos ao final.

E a proposta é de, no início de 2010, fazermos um balanço de como ficaram nossas expectativas.



E quais serão as próximas?
Que tal ?



Juntem-se a nós!

Inicio da Atividades de 2009

Na primeira atividade da Oficina de Leitura no ano de 2009, foi solicitado que cada pessoa do grupo expressasse em uma palavra qual a expectativa para o decorrer do ano e assim ficou:


Iraci – esperança
Maria Cássia – esperança
Maria Ivone – realizar
Orciza – esperança e realização
Trinidade – sensibilidade
J. Carlos – produzir
Elci – harmonia, paz, sonhos
Dirceu – otimismo
Beni – organização, deixar a preguiça de lado, retomar a vida, superação.


Alguns preferiram substantivos, outros, verbos, outros, mais de uma palavra...

Ciclo do Cotidiano

Cadeira de Balanço contos de Drumond Andrade


Em 09/02/2009, a Oficina de Leitura deu início a mais um ciclo: Cotidiano, com a proposta de leituras como “Cem anos de Solidão”, de Gabriel Garcia Marquez, Cadeira de Balanço, contos de Carlos Drumond de Andrade, As Intermitências da Morte, de José Saramago, e coletânea de poemas de Mário Quintana.



Foram lidos os seguintes contos e a criação da continuação de alguns foi feita por grupos de dois participantes.
1-Caso de Escolha
2-Caso de Almoço
3-Caso de Recenseamento
4-Caso de Chá
5-Caso de Secretária
6-Caso de Arroz
7-Caso de Canário
8-Caso de Menino
9-Caso Conversa
10-Caso de Boa Ação
11-Caso de ceguinho
12-Organiza o Natal

Perguntas/respostas de adultos/crianças

DINÂMICA SOBRE O CICLO DA INFÂNCIA



1- Foram feitas perguntas de criança para adulto pelos participantes da oficina : Percebeu-se que o tom das perguntas continha a ingenuidade das crianças e a malícia dos adultos nas respostas.

2- Foram feitas perguntas de adultos para crianças pelos participantes da oficina: Verificou-se que havia certa malícia dos adultos ao questionarem as crianças, que reponderam com inocência.

História de Sofia, redes e links

Dinâmicas inteligentes, como a história de Sofia, transcrita a seguir, facilitou o aprendizado do que são as redes, seus links, seus elos e a internet.


“Sofia repousa na sua poltrona favorita. Ela contempla um quadro com uma pintura magnífica.



Esse quadro é uma réplica de uma gravura famosa. Enquanto aprecia a beleza do quadro, balança os pés ao som de sua música favorita.



Descansa Sofia pois assim termina seu dia.”


Foi solicitado que cada participante escrevesse o que pensava a respeito das palavras grifadas. A experiência foi interessante, pois cada um tinha uma imagem bem peculiar para cada palavra.

Fábulas e Blogs

As leituras das Fábulas de Esopo, Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque, e Ou Isto ou Aquilo, de Cecília Meireles, pelos participantes divididos em grupos e utilizando o computador foi uma experiência enriquecedora. Um grupo trabalhou com a história textual, outro, somente com imagens e outro, com áudio.

Assim, teve início a inclusão digital do Grupo de Leitura, que culminou com a criação do Blog: http://contoprosa.blogspot.com/ e do blog de cada um:


http://iramelci.blogspot.com/ de Iraci
http://melindrosa-melindrosa.blogspot.com/ de Elci
http://atonito2008.blogspot.com/ de J. Carlos

As crianças de ontem felizes hoje!

O Ciclo da Infância se encerrou com a entrega pela Simone do Calendário abaixo com as fotos antigas e atuais dos participantes







Ciclo da Infância - Desenhos dos Participantes



Cada um dos participantes desenhou uma figura como parte da Dinâmica do dia 01/09/2008


























































Ciclo da Infância na Oficina de Leitura- JCarlos



O Livro da Infância
por J. Carlos
Era uma vez no ano de 1955, dois meninos:
Zézinho de 10 anos de idade cursando o quarto ano do curso primário no Grupo Escolar Bartira, em Tupã e Joãozinho de 8 anos cursando o segundo ano na mesma escola.
A escola era modelo em termos de educação, a cidade pequena e progressista era um ótimo lugar para se viver, então viviam eles num mundo de fantasia e criancices.
Eles tinham dois amigos colegas do grupo escolar, nisseis, que eram vizinhos, cujo pai era dono de um armazém de secos e molhados anexo a casa deles. O grande depósito da loja era nosso local predileto de brincadeiras, tais como “bangue-bangue”, índios, esconde-esconde, lutas e até um pouco de basebol. Os meninos nisseis, Paulo e Alcides, nomes de batismo, tinham primos que moravam em São Paulo.
Numa das férias de fim de ano o primo Júlio de 12 anos, também nome de batismo, foi a Tupã e juntou-se ao grupo que agora era composto de uns 7 ou 8 garotos.
Como era de se esperar o dono do armazém ficava bravo pela bagunça que eles faziam.
As férias dos dois meninos sempre foram maravilhosas, muito embora naquele ano eles não tivessem saído para ir a chácara dos avós, como era costume, em Parapuã cidadezinha próxima a Osvaldo Cruz.
Júlio ficou encantado com as brincadeiras e a camaradagem dos primos e amigos. Depois de alguns dias voltou a S. Paulo triste por deixar os novos amigos e feliz pela qualidade das férias.
Semanas depois de sua partida ele enviou através de um parente fora a Tupã a passeio, um lindo livro de histórias de fadas para os amigos Zézinho e Joãozinho.
O nome do livro é “Os sete Ladrões de Bagdá”. Este livro tem uma história de fadas em seu interior e uma história real ao seu redor. O livro ficou em frangalhos de tantas leituras, releituras manuseios e colorimentos que os demais irmãos e irmãs dos meninos fizeram e refizeram. Era costume naquela época se repassar os livros escolares de irmão para irmão, e ainda mais um livro de histórias que era raridade.
Estes irmãos são: José Carlos, João, Maria de Lourdes, Geraldo, Alzira, Otaviano, Marta, Regina, Pedro Luís, Paulo Marcelo e Ester. Todos felizes e grandes amigos entre si.
Quanto aos amigos Paulo, Alcides e Júlio, nunca mais se soube deles...Ficaram as boas lembranças e recordações de tempos de infância maravilhosos.

Quem sou eu

Minha foto
Nosso Grupo de Leitura atualmente apresenta a seguinte formação: Iraci - Existencia; Ivone - Inspiração; J.C. Caetano - Reinvenção; Dirceu - Questionamento; Orciza - Reflexão; Sonia - Articulação; Elci - Entendimento; Cássia - Cordialidade; Dade - Criação; Vera - Saudade; Simone - Aquela que ouve!

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