sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sonata ao luar

Sonata ao Luar

Sombra Boa não tinha e-mail.

Escreveu um bilhete:

Maria me espera debaixo do ingazeiro

Quando a lua tiver arta.

Amarrou o bilhete no pescoço do cachorro

E atiçou:

Vai, Ramela passa!

Ramela alcançou a cozinha num átimo

Maria leu e sorriu.

Quando a lua ficou arta Maria estava.

E o amor se fez

Sob um luar sem defeito de abril.

Manoel de Barros

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