quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Eu sei que vou te amar

 “EU SEI QUE VOU TE AMAR” DE VINÍCIUS DE MORAES

Letra original:
Paródia:
Eu sei que vou te amar
Eu sei que vou te enganar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Por toda a existência, eu vou te enganar
A cada despedida eu vou te amar
E em cada retorno, eu vou te enganar
Desesperadamente
E alegremente eu sei que vou te enganar
Eu sei que eu vou te amar
E  cada verso meu será para te dizer,
E cada verso meu será pra te dizer
Que eu sei que vou te enganar
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha existência, eu sei que vou sorrir
Por toda a minha vida
A cada presença tua eu vou sorrir
Eu sei que vou chorar
Mas cada ida tua há de luzir
A cada ausência tua eu vou chorar
O que esta tua presença me causou
Mas cada volta tua há de apagar
Eu sei que vou sorrir
O que essa ausência tua me causou
A passageira peripécia de morrer
Eu sei que vou sofrer
A espera de morrer longe de ti
A eterna desventura de viver
Em todas as existências
A espera de viver ao lado teu
Eu que vou sorrir
Por toda a minha vida
A cada presença tua eu vou sorrir
E a cada ida tua há de luzir
O que esta presença tua me causou.
Eu sei que vou sofrer a passageira peripécia de morrer
A espera de morrer longe de ti
Em todas as existências.
                                                                                                                            
                                                                                                              Dirceu

Eu sei que vou te amar

“EU SEI QUE VOU TE AMAR” DE VINÍCIUS DE MORAES
Letra original:
Paráfrase
Eu sei que vou te amar
O meu amor por você é infinito
Por toda a minha vida, eu vou te amar
E tenho plena convicção que perdurará pelo evos
A cada despedida, eu vou te amar
Despedida nem pensar
Desesperadamente
E reafirmo minhas convicções
Eu sei que eu vou te amar
Por intermédio dos versos que lhe faço
E cada verso meu será pra te dizer
Apaixonadamente
Que eu sei que vou te amar
Tudo isso fortalece a minha certeza de que a vida é infinita
Por toda a minha vida
Portanto, ausências nunca existirão
Eu sei que vou chorar
E seria lamentável se a esperança se fosse
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
Assinado: Dirceu
O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida


Paráfrase

 É dia, é noite
É o menino que cresce
É a vida passando
E eu tranquilo esperando

É a vida tão cheia
É a procura do mais
É o mais se mostrando
Em cada curva chegando
É o mais, é o maior
É o amor, é o amor

É dia, é a noite
E a vida que passa
E a procura que vem
Não se sabe de quem
No mais fundo do ser

O que é? O que é?
Eu não sei, eu não sei
É um projeto e um encontro
É chegar e partir
É a vida que passa, é a vida.


Oficina de Leitura
José Sidney Bastos

Marília 15/10/2013

Paródia

É pão, é chá, “malemá” um café...
No começo do dia pra vencer a labuta
É o pobre tentando viver mais um dia

Assim é o sertanejo
Que trabalha na terra
Suor, poeira na pele
Sol e seca no chão

É o pobre fazendo das tripas coração
É o pobre fazendo das tripas coração

O almoço é melhor
Tem até ovo frito
É o que sustenta até a hora do grude,

E assim a esperança vai lhe dando saúde
E assim a esperança vai lhe dando saúde

É pão, é chá, “malemá” um café...
No começo do dia pra vencer a labuta
É o pobre tentando viver mais um dia

Seu olhar é uma prece
Pra chover um pouquinho
E brotar a plantinha que é o seu ganha-pão
E tratar dos filhinhos em melhor condição
E tratar dos filinhos em melhor condição

É pão, é chá, “malemá” um café...


Célia

Paráfrase

Paráfrase

A Casa

Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero

Vinicius de Moraes






O barraco

Era um barraco
Com muita graça
Tendo por teto
Um pé de goiaba
Todos podiam
Entrar nele sim
Pois dentro dele
Tinha um jardim
Todos podiam
Dormir nas redes
Que estavam presas
Em suas paredes
Todos podiam
Fazer xixi
Em todo canto
Que havia ali
Ele era feito
De pedra e sargaço
Na rua dos Beijos
Bairro do Abraço.


Maria Ivone Pandolfi

Vinicius de Moraes

Vinícius de Moraes: poeta, dramaturgo, compositor

Teve uma vida agitada e efervescente tal como o momento de seu nascimento: diz-se que ele nasceu em meio a forte temporal, na madrugada de 19 de outubro de 1913, no antigo nº 114 (casa já demolida) da Rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, ao lado da chácara de seu avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz.
A tradição da escrita já estava instalada na família: sua mãe d. Lydia Cruz de Moraes era casada com Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José de Mello Moraes.
Vinicius de Moraes foi bacharel em Letras e licenciou-se em Direito, seguindo carreira diplomática, mas entrou para história como poeta, compositor e dramaturgo. Escreveu vários livros de poesia, dentre eles O caminho para a distância (1933), Cinco elegias (1943), Livro dos sonetos (1957) e Para viver um grande amor (poemas e crônicas) (1962). Escreveu também poemas para crianças em sua obra A arca de Noé, lançada em disco em 1980, ano de seu falecimento.
Escreveu peças de teatro como Orfeu da Conceição (1956) e Procura-se uma rosa, em parceria com Pedro Bloch e Gláucio Gil.
Fez várias parcerias como compositor, sendo a mais conhecida a parceria feita com Toquinho, com quem gravou músicas e participou de shows em muitas cidades no país.
Pertence à chamada “geração de 30” do Modernismo brasileiro, embora mais novo que seus pares Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Augusto Frederico Schmidt e mais influente que eles nos ulteriores movimentos poéticos.
Casou-se nove vezes e teve quatro filhas.
Em 1979, voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião. É operado a 17 de abril de 1980, para a instalação de um dreno cerebral. Morre, na manhã de 9 de julho desse mesmo ano, de edema pulmonar, em sua casa, na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher, Gilda de Queirós Mattoso.

Fontes:
Internet

Dicionário de Literatura (direção de Jacinto do Prado Coelho)

VINICÍUS DE MORAIS O DESESPERO DA PIEDADE Breves palavras


       No poema “O desespero da piedade”, Vinicíus usa duas palavras tristes: desespero e piedade. Pelos sinônimos de desespero (falta de esperança, aflição) e piedade (compaixão, dó, misericórdia), vejo este poema como uma oração, uma súplica, uma devoção, amor e respeito, respeito por todos.” Senhor tem piedade”, que é repetido diversas vezes, não tem sentido de dó; são invocações, preces, pedidos ao Senhor que acolha a todos.  Mesmo nos momentos de grande aflição, temos, nem que seja tênue, um fio de esperança que nos acolhe. Esses versos são todos de súplicas, pedidos, uma maravilhosa forma de elevação espiritual.
E aqui, fazendo minhas, suas palavras Tende piedade, Senhor...
Piedoso com todos, que tudo merece piedade.
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de uma pobre mortal que gostaria muito de saber escrever poemas e  prosa.
                                                               

                                                                   Orciza Caricati Salgado 

Haicai

No céu brilha a lua cheia
Na terra, o silêncio
E eu aqui entre os dois.
Maria Ivone Pandolfi
Cenas do cotidiano
São obras de arte
No toque de Rubem Braga.

Maria Ivone Pandolfi

Uma outra coisa


Já era noite quando o ônibus parou no posto da estrada. Quase todos saíram para esticar as pernas, ir ao banheiro, tomar um lanche ou simplesmente fumar. Resolvi que ir primeiro ao banheiro seria mais conveniente. O lanche, se desse tempo, comeria depois.
Eis que, sonolenta, lavando as mãos, ouvi uma estranha conversa de duas moças que acabavam de entrar...

“... mas, aí, não tive dúvida, coloquei  “ele” no meu carro e levei para o meu apartamento. O duro foi segurar “ele” no elevador, pois estava tão eufórico  que babava nos meus peitos...
- Nossa! E como você fez para dominá-lo?
- Ah! E quem disse que eu consegui? O máximo que fiz foi colocar “ele” no banho, mas tive de entrar junto, pois ele me molhou toda...
- Mas, aí, limpinho, levou pro quarto ou pra sala ou...
- Levei pro quarto... ele se aninhou no edredon e me olhou... sabe? com aquela cara de quem quer carinho? Não pensei duas vezes... já que vim até aqui, que seja... No dia seguinte, saí pra comprar ração, caminha e outros mimos no Pet shop perto de casa...”
Enxuguei as mãos, lavadas exaustivamente, respirei fundo e saí para olhar o céu estrelado e a lua cheia que alta brilhava.
Nem tudo é o que parece.
Maria Ivone Pandolfi 

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Nosso Grupo de Leitura atualmente apresenta a seguinte formação: Iraci - Existencia; Ivone - Inspiração; J.C. Caetano - Reinvenção; Dirceu - Questionamento; Orciza - Reflexão; Sonia - Articulação; Elci - Entendimento; Cássia - Cordialidade; Dade - Criação; Vera - Saudade; Simone - Aquela que ouve!

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