“EU SEI QUE VOU TE AMAR”
DE VINÍCIUS DE MORAES
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Letra original:
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Paródia:
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Eu sei que vou te amar
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Eu sei que vou te enganar
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Por toda a minha vida eu vou te amar
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Por toda a existência, eu vou te
enganar
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A cada despedida eu vou te amar
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E em cada retorno, eu vou te enganar
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Desesperadamente
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E alegremente eu sei que vou te
enganar
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Eu sei que eu vou te amar
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E cada verso meu será para te
dizer,
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E cada verso meu será pra te dizer
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Que eu sei que vou te enganar
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Que eu sei que vou te amar
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Por toda a minha existência, eu sei
que vou sorrir
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Por toda a minha vida
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A cada presença tua eu vou sorrir
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Eu sei que vou chorar
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Mas cada ida tua há de luzir
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A cada ausência tua eu vou chorar
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O que esta tua presença me causou
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Mas cada volta tua há de apagar
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Eu sei que vou sorrir
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O que essa ausência tua me causou
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A passageira peripécia de morrer
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Eu sei que vou sofrer
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A espera de morrer longe de ti
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A eterna desventura de viver
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Em todas as existências
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A espera de viver ao lado teu
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Eu que vou sorrir
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Por toda a minha vida
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A cada presença tua eu vou sorrir
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E a cada ida tua há de luzir
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O que esta presença tua me causou.
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Eu sei que vou sofrer a passageira
peripécia de morrer
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A espera de morrer longe de ti
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Em todas as existências.
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Eu sei que vou te amar
Eu sei que vou te amar
“EU SEI
QUE VOU TE AMAR” DE VINÍCIUS DE MORAES
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Letra original:
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Paráfrase
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Eu sei que vou te amar
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O meu amor por você é infinito
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Por toda a minha vida, eu vou te amar
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E tenho plena convicção que perdurará
pelo evos
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A cada despedida, eu vou te amar
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Despedida nem pensar
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Desesperadamente
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E reafirmo minhas convicções
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Eu sei que eu vou te amar
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Por intermédio dos versos que lhe
faço
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E cada verso meu será pra te dizer
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Apaixonadamente
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Que eu sei que vou te amar
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Tudo isso fortalece a minha certeza
de que a vida é infinita
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Por toda a minha vida
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Portanto, ausências nunca existirão
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Eu sei que vou chorar
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E seria lamentável se a esperança se
fosse
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A cada ausência tua eu vou chorar
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Mas cada volta tua há de apagar
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Assinado: Dirceu
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O que essa ausência tua me causou
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Eu sei que vou sofrer
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A eterna desventura de viver
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A espera de viver ao lado teu
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Por toda a minha vida
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Paráfrase
É dia, é noite
É o menino que cresce
É a vida passando
E eu tranquilo esperando
É a vida tão cheia
É a procura do mais
É o mais se mostrando
Em cada curva chegando
É o mais, é o maior
É o amor, é o amor
É dia, é a noite
E a vida que passa
E a procura que vem
Não se sabe de quem
No mais fundo do ser
O que é? O que é?
Eu não sei, eu não sei
É um projeto e um encontro
É chegar e partir
Oficina de Leitura
José Sidney Bastos
Marília 15/10/2013
Paródia
É pão, é chá, “malemá” um café...
No começo do dia pra vencer a labuta
É o pobre tentando viver mais um dia
Assim é o sertanejo
Que trabalha na terra
Suor, poeira na pele
Sol e seca no chão
É o pobre fazendo das tripas coração
É o pobre fazendo das tripas coração
O almoço é melhor
Tem até ovo frito
É o que sustenta até a hora do grude,
E assim a esperança vai lhe dando saúde
E assim a esperança vai lhe dando saúde
É pão, é chá, “malemá” um café...
No começo do dia pra vencer a labuta
É o pobre tentando viver mais um dia
Seu olhar é uma prece
Pra chover um pouquinho
E brotar a plantinha que é o seu ganha-pão
E tratar dos filhinhos em melhor condição
E tratar dos filinhos em melhor condição
É pão, é chá, “malemá” um café...
Célia
No começo do dia pra vencer a labuta
É o pobre tentando viver mais um dia
Assim é o sertanejo
Que trabalha na terra
Suor, poeira na pele
Sol e seca no chão
É o pobre fazendo das tripas coração
É o pobre fazendo das tripas coração
O almoço é melhor
Tem até ovo frito
É o que sustenta até a hora do grude,
E assim a esperança vai lhe dando saúde
E assim a esperança vai lhe dando saúde
É pão, é chá, “malemá” um café...
No começo do dia pra vencer a labuta
É o pobre tentando viver mais um dia
Seu olhar é uma prece
Pra chover um pouquinho
E brotar a plantinha que é o seu ganha-pão
E tratar dos filhinhos em melhor condição
E tratar dos filinhos em melhor condição
É pão, é chá, “malemá” um café...
Célia
Paráfrase
Paráfrase
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero
Vinicius de Moraes
O barraco
Era um barraco
Com muita graça
Tendo por teto
Um pé de goiaba
Todos podiam
Entrar nele sim
Pois dentro dele
Tinha um jardim
Todos podiam
Dormir nas redes
Que estavam presas
Em suas paredes
Todos podiam
Fazer xixi
Em todo canto
Que havia ali
Ele era feito
De pedra e sargaço
Na rua dos Beijos
Bairro do Abraço.
Maria Ivone Pandolfi
Vinicius de Moraes
Vinícius de Moraes: poeta, dramaturgo, compositor
Teve uma vida agitada e efervescente tal como o
momento de seu nascimento: diz-se que ele nasceu em meio a forte temporal, na
madrugada de 19 de outubro de 1913, no antigo nº 114 (casa já demolida) da Rua
Lopes Quintas, no Jardim Botânico, ao lado da chácara de seu avô materno,
Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz.
A
tradição da escrita já estava instalada na família: sua mãe d. Lydia Cruz de
Moraes era casada com Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, sobrinho do poeta,
cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José
de Mello Moraes.
Vinicius
de Moraes foi bacharel em Letras e licenciou-se em Direito, seguindo carreira
diplomática, mas entrou para história como poeta, compositor e dramaturgo.
Escreveu vários livros de poesia, dentre eles O caminho para a distância (1933), Cinco elegias (1943), Livro
dos sonetos (1957) e Para viver um grande amor (poemas e
crônicas) (1962). Escreveu também poemas para crianças em sua obra A arca de Noé, lançada em disco em 1980,
ano de seu falecimento.
Escreveu
peças de teatro como Orfeu da Conceição
(1956) e Procura-se uma rosa, em
parceria com Pedro Bloch e Gláucio Gil.
Fez
várias parcerias como compositor, sendo a mais conhecida a parceria feita com
Toquinho, com quem gravou músicas e participou de shows em muitas cidades no
país.
Pertence
à chamada “geração de 30” do Modernismo brasileiro, embora mais novo que seus
pares Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Augusto Frederico Schmidt e
mais influente que eles nos ulteriores movimentos poéticos.
Casou-se
nove vezes e teve quatro filhas.
Em 1979,
voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião. É operado a 17
de abril de 1980, para a instalação de um dreno cerebral. Morre, na manhã de 9
de julho desse mesmo ano, de edema pulmonar, em sua casa, na Gávea, em
companhia de Toquinho e de sua última mulher, Gilda de Queirós Mattoso.
Fontes:
Internet
Dicionário
de Literatura (direção de Jacinto do Prado Coelho)
VINICÍUS DE MORAIS O DESESPERO DA PIEDADE Breves palavras
No poema “O
desespero da piedade”, Vinicíus usa duas palavras tristes: desespero e piedade.
Pelos sinônimos de desespero (falta de esperança, aflição) e piedade
(compaixão, dó, misericórdia), vejo este poema como uma oração, uma súplica, uma
devoção, amor e respeito, respeito por todos.” Senhor tem piedade”, que é
repetido diversas vezes, não tem sentido de dó; são invocações, preces, pedidos
ao Senhor que acolha a todos. Mesmo nos momentos
de grande aflição, temos, nem que seja tênue, um fio de esperança que nos
acolhe. Esses versos são todos de súplicas, pedidos, uma maravilhosa forma de
elevação espiritual.
E aqui, fazendo minhas, suas palavras Tende piedade, Senhor...
Piedoso com todos, que tudo merece piedade.
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de uma pobre
mortal que gostaria muito de saber escrever poemas e prosa.
Orciza
Caricati Salgado
Haicai
No céu brilha a lua cheia
Na terra, o silêncio
E eu aqui entre os dois.
Maria
Ivone Pandolfi
Cenas do cotidiano
São obras de arte
No toque de Rubem Braga.
Maria
Ivone Pandolfi
Uma outra coisa
Já era noite quando o ônibus parou no posto da estrada.
Quase todos saíram para esticar as pernas, ir ao banheiro, tomar um lanche ou
simplesmente fumar. Resolvi que ir primeiro ao banheiro seria mais conveniente.
O lanche, se desse tempo, comeria depois.
Eis que, sonolenta, lavando as mãos, ouvi uma estranha
conversa de duas moças que acabavam de entrar...
“... mas, aí, não tive dúvida, coloquei “ele” no meu carro e levei para o meu
apartamento. O duro foi segurar “ele” no elevador, pois estava tão
eufórico que babava nos meus peitos...
- Nossa! E como você fez para dominá-lo?
- Ah! E quem disse que eu consegui? O máximo que fiz foi
colocar “ele” no banho, mas tive de entrar junto, pois ele me molhou toda...
- Mas, aí, limpinho, levou pro quarto ou pra sala ou...
- Levei pro quarto... ele se aninhou no edredon e me
olhou... sabe? com aquela cara de quem quer carinho? Não pensei duas vezes...
já que vim até aqui, que seja... No dia seguinte, saí pra comprar ração,
caminha e outros mimos no Pet shop perto de casa...”
Enxuguei as mãos, lavadas exaustivamente, respirei fundo e
saí para olhar o céu estrelado e a lua cheia que alta brilhava.
Nem tudo é o que parece.
Maria Ivone Pandolfi
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