quinta-feira, 27 de agosto de 2015

paródia Soneto do amigo



1-Recriação- Paródia


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Soneto do inimigo

Enfim, depois de tanto acerto passado
Tantas concordâncias, tanto alívio
Eis que ressurge outro, um velho inimigo
Há muito não visto, sempre escondido.

Não é bom sentá-lo ao lado
Com olhos que contêm um olhar feroz
Nunca em paz, muito alterado
E como nunca, singular algoz.

Um bicho diferente de mim, complexo e desumano
Não sabendo se emocionar ou se comover
E a desejar e a comemorar o meu engano.

O inimigo: um ser que a vida não abraça
Que só quer ver o outro morrer
E o espelho da alma estilhaça...

JCCaetano 12/09/2013



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