quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Soneto de um ódio a mais


Eu odeio demais os passarinhos
Que matei tantos em segredo
Odeio as flores despertadas cedo
pelo vento orvalhado do caminho

Odeio as sombras do arvoredo
Em seu suave entardecer de ninho
Odeio receber carinhos
E de amar morro de medo

Tenho ódio do amor o que de cada
Coisa que der resulte enraivecida
O ódio do que se der a coisa desamada

E que sofra por merecida
Aquela que me levou tudo na vida
E que de mim só quer dim-dim_ mais nada.

Inspirado no Soneto do Amor maior de Vinicius de Moraes


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